sábado, 8 de novembro de 2008

Rosa




Tu és, divina e graciosa


Estátua majestosa do amor


Por Deus esculturada


E formada com ardor


Da alma da mais linda flor


De mais ativo olor


Que na vida é preferida pelo beija-flor


Se Deus me fora tão clemente


Aqui nesse ambiente de luz


Formada numa tela deslumbrante e bela


Teu coração junto ao meu lanceado


Pregado e crucificado sobre a rósea cruz


Do arfante peito seu


Tu és a forma ideal


Estátua magistral oh alma perenal


Do meu primeiro amor, sublime amor


Tu és de Deus a soberana flor


Tu és de Deus a criação


Que em todo coração sepultas um amor


O riso, a fé, a dor


Em sândalos olentes cheios de sabor


Em vozes tão dolentes como um sonho em flor


És láctea estrela


És mãe da realeza


És tudo enfim que tem de belo


Em todo resplendor da santa natureza


Perdão, se ouso confessar-te


Eu hei de sempre amar-te


Oh flor meu peito não resiste


Oh meu Deus o quanto é triste


A incerteza de um amor


Que mais me faz penar em esperar


Em conduzir-te um dia


Ao pé do altar


Jurar, aos pés do onipotente


Em preces comoventes de dor


E receber a unção da tua gratidão


Depois de remir meus desejos


Em nuvens de beijos


Hei de envolver-te até meu padecer


De todo fenecer




Composição : Pixinguinha e Otávio de Souza

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